Rua Principal

Relembrando a primeira mensagem :

A rua que cruza a cidade de um ponto ao outro, passando por toda área comercial e residencial. A partir dessa rua que se pode chegar em qualquer ponto da cidade, então é comum estar relativamente movimentada apesar de se tratar de uma rua em uma cidade pequena.

Abaixo o custo da movimentação sem Transportação:

Acessos:
-> Mercearia -1 ST
-> Bar -1 ST
-> Blocos Residenciais -1 ST
-> Cemitério Summer Hill -1 ST
-> Outros Bairros -3 ST
-> Rio/Ponte -3 ST

O calafrio percorreu o corpo de Balthazar e ele endureceu-se. Sentiria-se assustado se aquele sentimento não fosse familiar; era comum sentir isso em sua vida como detetive, mas... Aquilo era estranho. Era quase mágico. Olhou para os lados, confuso, e em seguida para trás, vendo aquela orbe bizarra de energia. 

Balthazar arqueou a sobrancelha esquerda e seguiu na direção dela, com a mão estendida, na intenção de tocá-la; ela se afastou lentamente e Balthazar se assustou com isso. Talvez tivesse mente própria ou estava sendo controlado, o detetive não sabia, mas provavelmente queria que ele seguisse-o, e assim o fez.

Chegando na rua principal, era meio dificil andar sem chamar atenção, mas pelo menos era facil de andar estando um pouco atrás do gigante. "Então, esse é um servo?", seus pensamentos estavam confusos e até mesmo curiosa conforme o observava o gigante. Se lembrava de todos os espiritos e bestas fantasmais que já viu, e de fato, ele era algo... único.

Lembrou-se o motivo que havia ido atrás do árabe e isso quebrou sua divagação, tornando o rosto para seu amigo com um sorriso.

- Acho que você se tornou uma grande celebridade depois de ter salvado aquelas pessoas, e tenho... Quase certeza que o que quer que aconteceu naquele bar não vai ser ignorado... - Deu um sorriso sem jeito e tornou a olhar para o gigante. - Mas, tenho certeza que de agora em diante você vai estar muito bem protegido.

Pensou em agradecer o servo, mas, sequer era mestre do mesmo. Olhou para baixo, um tanto nervosa. Todos os servos seriam daquela forma..? Checou o celular.

- Tentei ligar para o Subaru mais cedo, mas caiu direto na caixa... Ele tinha pedido para te encontrar, parece que a Beatrice tem os mesmos sonhos que eu ele disse que ela sonhou que todos os servos haviam sido invocados... E que queria se reunir com você para tentar parar a guerra.

O olhar da garota abaixou. Não conseguia deter seus receios, era fraca, pequena... Em meio a uma situação muito maior do que ela.
Mas já sabia disso quando veio para a cidade. Seu medo não era morrer, afinal de contas.

Algumas pessoas menos apressadas que passavam perto do detetive estranhavam seu comportamento. Balthazar estava caminhando contra o fluxo de pedestres e, ao menos para eles, estendia sua mão para tocar algo inexistente. Talvez ele realmente enlouquecera após suas experiências, mas em momento algum parou para pensar no que estava fazendo. Louco ou não, decidiu seguir a esfera mesmo sem saber aonde ela o levaria.

Vagarosamente, a esfera guiou o detetive para o interior de uma viela isolada. Balthazar poderia notar que ela apenas avançava quando ele a acompanhava, e isso deixava ainda mais evidente que seu propósito era unicamente guiá-lo.

Após alguns minutos de uma monótona e silenciosa caminhada, pôde-se ver uma penumbra absoluta que indicava o fim do longo beco. A esfera continuou a flutuar por alguns centímetros até enfim parar qualquer tipo de movimento, apenas para se repousar diretamente na palma da mão de alguém escondido pela sombra e, enfim, desaparecer.

- O que você deseja, criança? - Indagou uma voz masculina suave.

Nas trevas da noite uma criatura se misturava imperceptivel passava de lugar em lugar buscando ouvir informações sem jamais ser notada

- Eu não sei, precisava falar com ele pri-- Uhm?

O celular da loira começou a vibrar e ela parou de andar imediatamente, puxando o telefone do bolso.

- Subaru?

- É bom falar com você também.

A expressão da Lucca estava claramente preocupada, olhando brevemente para Shariz conforme ouvia tudo que acontecia ali, até ouvir aquele barulho no fundo. Algo acontecer? Fazer inspeção..?

- Talvez eu possa ir com o Shariz para essa tal festa e vocês podem esperar no meu hotel. Acredito que seja melhor e vai gastar menos tempo para nós dois, a não ser que tenha um motivo a mais para irmos ai...

Sinalizou brevemente para Shariz que o responderia, apenas acenando que estava confirmando as informações por parte do Subaru, até enfim desligar.

- Desculpe, Shariz. Eles não estão no hotel. Parece que teve um problema na mansão e ele pediu para irmos para outro lugar.

Indo para o ponto de ônibus acenou para subirem.

- Vamos.

Ao notar criaturas interessantes Sakuya passou a seguir elas buscando confirmar suas suspeitas

- Não, você não quer. - Respondeu firmemente a figura. - Todos querem perguntar, mas a resposta nunca é satisfatória. Anseie suas dúvidas, pequeno. A verdade não lhe satisfará. 

O misterioso ser encapuzado em frente a Baltazar era indecifrável. Além de sua voz masculina era possível reparar que sua altura é ligeiramente inferior a de Balthazar, mas detalhe algum sobre sua fisionomia era visível. 

- Você não é daqui. - Afirmou ele após a pausa que fez para analisar o detetive. - O que faz aqui em meio a esse caos?