Sala de Interrogatório 06

A sala é simples, completamente de concreto, mas, existe uma espécie de magia peculiar que inibe manifestações de magias dentro desse recinto. Uma mesa de metal, parafuseada na mesa, sendo que, entretanto, não tem um vidro para acompanhar o interrogatório e cinco cadeiras presentes no local, igualmente de metal.

Ali dentro, o homem aguardava com os olhos fechados, parecia quase estar dormindo.

A porta se abriu, fazendo que Lazarus abrisse os olhos enquanto Carmen entrava, seguida de Borislav e Wan Tai, assim como Houko. Carmen esperou todos entrarem antes de fechar a porta, os lideres se sentaram enquanto a mesma indicou para uma cadeira para Houko.

- Por favor, sinta-se a vontade. - Ela respirou fundo. - Pedimos desculpas por todo esse tratamento, senhor Choi. Ah... Esses são Wan Tai Feldsceat, Borislav Argentum e Lazarus Eastburn.

Assim que Houko se sentasse, Carmen viria se acomodar em uma cadeira, colocando as mãos em cima da mesa e se ajeitaria ali, olhando-o diretamente nos olhos.

- Primeiramente, gostariamos de nos desculpar formalmente por todo o infortunio que lhe causamos durante esses anos que seguiram após os casos de Camlann River. Independente do quão grande ou mistico o que houve lá possa ou não ter sido, precisavamos nos certificar que o senhor era realmente inocente.

Olhou para Lazarus e pegou com ele uma pasta grossa de papelada, deixando-o em cima da mesa e veio a abri-lo.

- Estivemos acompanhando as movimentações da Eden Corp... Sua ligação com o grupo no Oriente Médio... Perdoe-me, mas, poderia refrescar minha memória? Isso daqui é muito grande e tanto eu quanto você queremos acabar com isso logo.

Os olhos vermelhos voltaram para o homem, olhando-o fundo.

- Sim, Leonor!

Ignorando a reclamação por parte do jovem, Carmen estou os dedos e apontou o dedo para ele enquanto rapidamente folheava a papelada.

- Os "Leões", o grupo dela, estão registrados como uma das organizações que recebem nosso apoio. Achei. - Tirou o papel dali, joga do na frente do Houko, indicando. - Pode olhar. Ela apresentou sua verdadeira identidade para nós, sua ligação com os acontecimentos de Camlann River e inclusive se comprometeu expressamente em nos apoiar. Ela tem um grande apoio da Wan Tai.

Olhou brevemente para a líder asiatica e acenou com a cabeça. A morena voltou em seguida a folhear os papeis e retirou alguns documentos.

- Você estava de fato em Camlann River, certo? - Abriu aqueles documentos, observando-os. - Você foi para lá por conta da Eden Corp. Temos os papeis que comprovam o avião que você pegou, junto com sua familia. Inclusive, lamentamos pela sua mansão. Mas... Sabe, quando fomos investigar o local, haviam traços de magia por toda a parte, mesmo que aquela explosão tivesse acontecido... Aliás, Senhor Choi, a Eden Corp é uma organização filantropica e reconhecida mundialmente, certo? Eu não consigo imaginar quem sequer iria tentar atacar sua mansão dessa forma... O curioso é que encontramos diversos traços de que foram usados explosivos altamente perigosos.

Ela remexeu na pasta e retirou outros documentos. Esses eram referentes a investigação que ocorreu na casa, os relatorios de todos os oficiais que buscaram a origem das bombas e os documentos averiguando sobre os rastros de mana que tinham na estufa como na própria mansão, mesmo que a segunda fosse infinitamentr menor.

- Por que o senhor não procurou a polícia depois que a explosão aconteceu?

Diante de todas aquelas palavras, Carmen permaneceu calma e sem expressar nada, até que acabou sorrindo de canto.

- Tudo bem. Só queremos fazer uma coisa por garantia...

Ela tirou um papel limpo de dentro da pasta. Em seguida tirou uma caneta tinteira, a qual desenroscou a ponta, e nela havia uma agulha. Carmen perfurou o dedo naquela ponta. Seguindo o mesmo movimento que ela, os líderes retiraram canetas similares e da mesma forma executaram o mesmo movimento.

Em seguida a garota começou a escrever no papel, entregando para os outros que também escreveram suas clasulas.

- Isso, é um contrato, como qualquer outro. - E essa era uma mentira, era um contrato mágico. 

"Eu, Carmen Han'Yodoru, atesto que Houko Choi é um civil e nunca em toda sua vida teve relação alguma com magia, direta ou indiretamente, sendo que o mesmo terá todos seus documentos referentes a sua investigação queimados quando ele assinar seu contrato e receberá proteção contra outros atentados mágicos.
Eu, Wan Tai Feldsceat, assino em concordância que Houko Choi é um civil e nunca teve acesso a magia, seja anteriormente ao dia que esse contrato foi feito ou no futuro.
Eu, Lazarus Eastburn, assino em concordância que Houko Choi é um civil e nunca teve sua vida influencia por magia, indireta ou diretamente, seja no dia anterior ao dia desse contrário, e o mesmo jamais teve ou terá acesso a magia, diretamente, seja como usuário ou como auxiliar de um taumaturgo.
Eu, Borislav Aristhark Argentum, atesto que Houko Choi é um civil, e que a data após esse contrato, sua memória será alterada para que o mesmo esqueça tudo relacionado a magia."

Esses eram os termos do contrato.

Carmen retirou uma outra caneta, tirou a ponta da mesma e entregou para Houko.

- Infelizmente para acreditarmos na validade da sua palavra, precisamos assinar com sangue. Após isso, admitimos que erramos quanto ao nosso julgamento, mas, infelizmente, devido o senhor ter visto demais, seremos obrigados a apagar sua memória. Imagino que isso seja melhor do que a morte... Não é mesmo?

O sorriso da Carmen chegou a aumentar agora, se levantando e ficou do lado do homem, colocando a destra nas costas da cadeira do mesmo e a canhota na mesa, se inclinando dessa forma. Ficou bloqueando a saida do mesmo desse jeito e o Argentum acabou por se levantar e se encostou na porta, ficando de braços cruzados e até cruzou as pernas.

- Compreendo que não se sinta confortavel com esse tipo de coisa, mas é isso ou...  - Ela girou os olhos, respirou fundo. - Teremos que te matar.

Carmen passou o dedo no canto da boca, inspirando brevemente.

- Vamos Houko, seja um cara esperto. Aliás, você é esperto. Você não vai ficar agindo que nem um idiota apenas... Suas memórias que envolvem magia, direta ou indiretamente, por exemplo, seja lá o que aconteceu na sua casa, Perenelle Opfatter, Lucille... Todos eles vão ser substituidos por outras coisas. - Pressionou os lábios. - É, vai ser complicado ajeitar todas as implicações disso, já que teremos que garantir que nenhuma familia magi ou magis cheguem perto de você... Mas, faz parte né? E pensa bem... Só assinar e sequer se lembrará de toda essa conversa. E olha, aquele cara ali.

Olhou brevemente para Boris, que sorria abertamente e acenou com a cabeça.

- É um especialista em magias.... Proibidas. - Acrecentou aquela parte com um certo desgosto, mas voltou a olhar para Houko, sorrindo. - Ele vai mexer nas suas memórias direitinho para que você sempre tenha uma vida... Normal. Sem afetar em nada na sua postura.

Carmen permaneceu sorrindo, até vir a se inclimar sutilmente para frente mesmo depois dele terminar todo aquele falatorio.

- Infelizmente elas são magis. E, bem, podemos corrigir as clausulas para que nossa magia não te afete. E quanto a eu te matar... Pode ser um simples acidente. E elas não vão ser substituidas, mas algo teria que ser feito para evitar que elas acabassem... Quebrando o contrato sem perceber.

Borislav sentiu o celular vibrar e tirou o mesmo brevemente, apenas dando um suspiro breve.

- Carmen, está na hora da reunião. Temos que ir.