Praça Grande

Akk se desfez da forma espiritual, e então apareceu ao lado de Albert. —E que prova nós temos de que tu estás dizendo a verdade? — Cruzou os braços, e arqueou uma das sobrancelhas. —Até onde sei, você poderia estar apenas dizendo nomes falsos para que pudéssemos confiar em você, e você nos pegar de guarda-baixa. Eu não sou do tipo que gosta de se esconder que nem meu mestre covarde, mas eu já digo para deixar bem claro: eu não confio em você. — Estar com aquelas roupas chamativas era um bônus. Ninguém notaria que era uma serva, e também ninguém poderia saber a sua verdadeira classe. 

Suspirou, e então apoiou o cotovelo no ombro de seu mestre. —Se você quiser aceitar o acordo e perder a guerra, não ponha a culpa em mim depois. — Deu de ombros, fechando os olhos.

O rapaz fazia sentido. Mesmo em seu tempo, batalhas nunca eram travadas com um só homem, mas travar uma batalha com alguém que não confiava era a mesma coisa que pedir para perder a batalha. Quando ele já estava quase terminando, viu ele subir na moto, e isso lhe trouxe mais insatisfação ainda. Gritou, enquanto via ele desaparecer ao vento: —Só porque você é bonitinho não significa que você pode mentir e fazer o que quiser, seu falsário! — Seu grito ecoou pela rua. Não estava nem aí se estava sendo chamativa. Suspirou, colocou o indicador e o polegar na testa, e então semicerrou os olhos, com uma das mãos ainda na cintura.

Assim que seu mestre lhe perguntou, começou a explicar. —É, demi-servants existem sim, infelizmente. Eles são mestres que invocaram o servo dentro de seus próprios corpos. São todos uns depravados que não sabem respeitar a alma de um espírito heroico, isso sim. Na minha opinião, deveríamos perseguir os depravados primeiro. Apesar de serem mais fortes, darão bem mais problemas do que os servos normais. Isso é — Tirou a mão da testa e da cintura, e então voltou a cruzar os braços. —Se você quiser lutar e parar de ficar se escondendo que nem um rato nas sombras. — Voltou a encarar seu mestre. —E aí, o que vamos fazer, "Jaiminho"? — Caçoou.

—Se ele estiver com o espírito heroico manifestado, sim, eu consigo senti-lo. — O respondeu e continuou de braços cruzados. Logo a chuva começou a lhe atingir, e como estava com roupas curtas e claras, correu para de baixo do guarda-chuva de seu mestre. Se mostrasse algo mais do que já estava mostrando, iam achar que era uma atriz pornô ou coisa do tipo. Enquanto se concentrava em ficar dentro dos limites do guarda-chuva, ouviu seu mestre lhe perguntar uma coisa um tanto quanto... incomum. Ele normalmente não era convidativo daquele jeito, provavelmente algo tinha acontecido. Arqueou uma sobrancelha, e um tom surpreso se fez. —E-Ei, você tá bem? Sendo todo amigável desse jeito. O quê aconteceu? Um bixo te mordeu? Finalmente nasceu um pouco de juízo na tua cabeça? — Começou a fitá-lo.

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