Hospital Militar

Relembrando a primeira mensagem :

Sem sombra de dúvida o melhor Hospital de Camlann River. O único problema do lugar, além da necessidade de ser militar ou ter parentesco com um para conseguir atendimento, é que todos os procedimentos são bem rígidos e mesmo os médicos parecem sempre ter uma sombra de cansaço em seu semblante. Apesar disso tudo, possuem atendimento 24 horas.
Possui acesso para a base militar.

-> Base Militar
-> Principal

- Televisão, internet.

Ela pegou o celular, que era touch screen, na tela logo apareciam alguns jogos, mas ela foi para o facebook e abriu o perfil dela. Mostrando o feed. Estava abarrotado de pessoas falando sobre o incidente do evento e pessoas chamando Shariz de herói. Ela sorriu.

- Você é quase uma celebridade agora! Oh... Isso me faz lembrar outra coisa...

A expressão dela ficou um pouco séria, mas logo ela voltou a sorrir.

- Bem, eu resolvo isso depois. Agora precisamos de roupas adequadas para você ir ao evento! - Os olhos dela brilharam. - Eu vou aproveitar e comprar roupas para mim também! Vamos? É por minha conta!

- Você é meu amigo agora, Shariz.

Ela sorriu contente, dando um tapinha nas suas costas, mas logo sua feição ficou preocupada.

- Eu quero que você fique bem, de verdade.

- Bem, a loja de roupas é claro. Vamos aproveitar que ta de dia, certo?

Ela disse com um grande sorriso e guiou a frente para fora do hospital, uma vez que os médicos deram a liberação para ele. Aguardou no ponto de ônibus um tempo até o mesmo chegar e subiu ali.

-> Loja de Roupas - Bairro 3

Foram as palavras que levaram-me a acordar abruptamente, e, instintiva e descuidadamente, tentar erguer-me da cama em que repousava. Foi quando então senti os fios que estavam ligados a meu corpo se tensionarem devido à sua curta extensão e lembrar-me de minha prisão.

"Mas o que foi isso?" Questionei a mim mesmo, olhando ao redor com certa dificuldade na busca do possível responsável por despertar-me. Não havia nada, nem ninguém. Eu apenas era capaz de ouvir minha própria respiração ainda ligeiramente abrupta e os aparelhos responsáveis por minha saúde apitando.

- Oooh, não se apresse tanto, moço!

A voz jovial e feminina veio logo ao lado da cabeça do rapaz, seguida de um pequeno riso divertido. Se levantando, apareceu o que parecia ser uma garota loira de olhos azuis, com uma pequena trança do lado do cabelo. Ela usava uma roupa meio estilo militar, apesar dos babados.

- Booom dia moço! Dormiu bem?

A estranha deitou do lado do rapaz, apoiando a cabeça com as mãos conforme o olhava, balançando as pernas despreocupadamente.

- Oh, o que foi? Você parece assustado. Hmmm~ Ai foi bem direta sobre ir sobre o assunto para você, mas, não gosto de sair dando as coisas assim, sabe? - Outro riso jovial saiu da boca dela. - Bem, por agora eu sou Basilisk para você. Chega a ser engraçado, não é? Uma pessoa com esse titulo ser o "culpado" por te trazer de volta ao se mover!

Agora a pessoa se sentou, esticando os braços para cima, como se espreguiçando.

- Muita coisa aconteceu desde que você caiu nesse estado, mas, talvez a mais importante seja a Guerra do Graal. - Ela olhou brevemente para o rapaz, dando um riso baixo. - Sim, essa guerra. Ela é real, e você foi um dos escolhidos. Mas... Tem um pequenino problema.

Enfim o mesmo se levantou, caminhando para ficar no pé da cama e olhar para o rapaz diretamente.

- Sabe, foram escolhidos 21 candidatos para se tornarem mestres, mas somente nove passaram... No caso, você foi um dos candidatos, mas, não é de se surpreender que você não passou no teste, certo? - Ela riu. - Mas, Typhon parece estar irritado com o fluxo que as coisas estão indo... E acho que ele esperava que a adição de mais uma pessoa pudesse... "Equilibrar" o jogo, ou pelo menos torná-lo interessante. Por isso ele quis que uma terceira pessoa se tornasse demi-servant.

O rapaz suspirou, bocejando.

- Wow, falar tudo isso realmente cansa. Vou dar alguns minutos para você absorver toda essa informação antes de prosseguir, ok?~

Apoiei minha cabeça sobre minhas mãos, cujas palmas abriram-se sobre minha boca e nariz, tampando-os enquanto eu ouvia-a e processava a informação. 
— A guerra era real, então... — Disse em baixo tom de voz, como se a vocalização fosse um eco às minhas reflexões. Suspirei profundamente, mordendo meu lábio inferior. — Não é à toa que se preocuparam demais em vir atrás de mim... — Levei, então, meus olhos à janela do quarto, observando o alvorecer incidindo sobre a cidade.

— Basilisk, estou certo? — Indaguei calmamente, tornando minha visão a ela. — Se meu raciocínio está correto, pretendem utilizar algo similar a um "Selo de Comando" que projetou-se em mim quando tornei-me num candidato para algum fim específico. — Entreguei-lhe um gentil sorriso. — Sou o terceiro demi-servant de que fala, não é? — Fiz uma pausa, repousando minhas mãos sobre a cama e recostando-me sobre sua cabeceira.

- Wow! Diferente dos outros até que você é esperto! É uma diferença boa.

A estranha riu, se sentando na beirada da cama e tirou de dentro do bolso um pequeno cristal vermelho, o qual brilhava intensamente, energia pura podia ser sentida dali.

- Sim. Só falta um pequeno passo...

Ela ficou de pé e caminho até ficar de frente para o rapaz, sorrindo.

- Oficializar seu contrato.

E com isso, ela literalmente esmagou o cristal vermelho na mão, logo em cima do rapaz, e este, quando ela abriu a mão, se tornou uma pequena bola de luz vermelha, a qual chamava pelo toque do rapaz. Assim que o mesmo tocasse, ele iria ver seu espirito heroico (pode interpretar essa parte se quiser).

A garota sorriu.

- Ai é minha colega, e Typhon é nosso Deus. Quanto a Igreja... - Agora a expressão da mesma pareceu ficar um tanto difícil de discernir seu significado. - Não acho que vai precisar se preocupar com sua segurança. Mais alguma pergunta?

— Você se esqueceu de me responder quanto ao contrato. — Respondi, intransigente.  


"Apenas se esqueceu de uma das coisas mais importantes." Pensei comigo mesmo, acenando a cabeça negativamente em reflexo. Talvez tudo aquilo estivesse deixando-a tensa demais para responder a todas as minhas perguntas.

Ao notar o clima sério que instaurei com minha entonação de voz e expressão, sorri-lhe brevemente à fim de apaziguar desconfortos.

- Seu contrato é algo firmado entre você e o seu espirito heroico. - Ela soergueu a sobrancelha. - Nós não temos nada haver com o que vocês dois vão definir.