Igreja

Uma palavra para definir Leneth naquele momento complicado que se encontrava era único: problema.

Quando os homens do Talibã chegaram, eles já a rodearam, intenções maliciosas em seus olhos e mesmo Ahmed preparou para disparar ordens. Todavia, o homem de cabelo castanho e olhos vermelhos interveio, passando o braço ao redor da garota e a fez sutilmente olhar para seus olhos.

- Shush... - Voltou o olhar para Ahmed, sorrindo calmamente. - Pode mandar seus lobos recuarem? Essa coelhinha é inofensiva e eu odiaria que algo de ruim acontecesse a essa beldade.

O homem que se destacava ali acabou grunhindo baixo, disparando ordens rápidas para deixarem a dupla em paz. Leneth piscou os olhos e olhou para o outro ao seu lado. Estava certamente aliviada: não tinha certeza se conseguiria lidar com tantos de uma vez... Sexualmente falando.

O estranho tirou o braço ao redor dela, mas permaneceu ali como um cão de guarda, até que Shibaki a chamou. Leneth entrou em seguida, um tanto atrapalhada.

- De-Desculpe ter fugido! Ma-Mas eu ainda sou uma civil em poder... Não iria conseguir combater nada!

Abaixou o olhar tristonho, suas orelhas abaixando também.

- Uhm...

Redence não temeu diante daquilo, na realidade passou a mão no capacete onde seria seu queixo. Quando Leneth chegou, voltou o olhar para ela e claramente travou por alguns segundos. Debaixo do capacete ficou boquiaberto com os seios pulando, a cintura e as coxas... Tudo recheado com aquela carinha.

- Deus se você existe, puta merda.

O estranho de rabo de cavalo limpou a garganta, tirando Redence dos seus devaneios.

- Foi mal. Guri, esse é Anselm, líder dos Bloodriven, um clã de Dead Apostles. Aliás seu cuzão, podia dar uma mão né?

Anselm sorriu calmamente, colocando as mãos dentro das calças.

- Ora ora One-Eye, se eu interferisse essa situação não seria tão divertida certo??

- Pau no cu. - Foi a resposta de imediato do homem que grunhiu baixo conforme virava o corpo em direção do caminho. - Bele, pelo menos da uma mão aqui vem.

Redence e Anselm atravessaram a parede, o primeiro permanecendo a apoiar a metralhadora portatil no ombro enquanto o segundo parecida observar os arredores com um olhar quase desinteressado. Ao chegar no fim das escadas e observar os zumbis, Redence assobiou debaixo do capacete.

- Porra, puto trabalho legal eim? Agora da licença pro papai trabalhar.

Passando por Minaka e Dante, Redence se abaixou na frente da parede, deixando a arma do lado e tratou de analizar a parede, tateando a mesma, verificando por mecanismos e analizando seu funcionamento de forma geral.

Material: 1d20 + 7 + 3 vs DC 30

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'20' : 10

O homem veio até a levantar a viseira do capacete para tentar analisar melhor, se encolheu perto das frestas, tentando bisbilhotar em busca dos mecanismos de funcionamento, mas...

- Mas que merda!

Levantou-se, chutando a parede e abaixou a viseira, crusando os braços.

- Essa porra é complexa até para mim!

Anselm, todavia, caminhou calmamente e pousou o palmo sobre a parede, fechando os olhos conforme se concentrava. Mesmo Redence ficou em silêncio naquele momento até os olhos rubros se abrirem de volta.

- É um Bunker. Essas paredes são todas feitas com pedra maciça, dando total resistência a impactos mas... Esse lugar em especial foi reforçada com magia. Não é apenas um bunker fisico como mágico, nada de fora é capaz de entrar, mas não detectei nenhuma saída adjacente... Então ela ta presa ali. - O homem recuou a mão, pousando-a no queixo e os olhos vermelhos brilharam como se fosse a lua sangrenta. -... Não consigo nem manifestar meu poder para dentro desse local. É absolutamente impenetravel por meios mágicos.

- Bem. - Redence sorriu maniacamente debaixo do capacete, abrindo os braços. - Vamos fazer um puta arrombo nessa merda!

Os olhos do Anselm retornaram ao normal e ele girou-os, suspirando conforme virava o corpo para Redence.

- É mais fácil esse corredor desabar do que conseguir entrar nisso. Deveriam tentar descobrir como abrir essa passagem da maneira que deveria ser, de fato, aberta.

- E o que sugere?

- Investigue os arredores. - Anselm sorriu de canto e recostou-se contra a parede. - Sabe que não irei intervir além disso.

Redence bufou e olhou para os dois ali do lado, virando de costas para o babaca ali.

- Ok, escuta aqui crianças, me chamo One-Eye, Reed ou mesmo Redence sou um... Aliado do Houko e eu quero MUITO aquela vadiazinha, então quando abrirmos essa bosta quero que saibam que eu vou meter o dedo nela primeiro. - Era palpável a raiva na voz e no jeito do homem, todavia subitamente ele pareceu melhorar. - Precisamos investigar essa merda, nem que tenha que virar tudo de cabeça pra baixo, pra encontrar como abrimos essa porra. Ideias?

*Shibaki mantinha o olhar no ritual de Sasami e assim como Lucille ele também acabava aprendendo a como realiza-lo daquela forma embora isso fosse consumir mais mana do que deveria, logo, ele não podia se dar ao luxo de tentar devido sua mana ser necessária caso entrassem em algum conflito posterior*

-Não se preocupe, se é poder que te falta então nós o daremos a você, Sasami, por favor? -Com aqueles filhos finamente prontos o moreno voltava seu olhar para Leneth sorrindo de canto para ela.


-Sei que não é de seu feitio comandar e sim ser comandada, é uma preferencia sua não é mesmo? Mas eu me lembro de você ter lido um pouco sobre necromancia, então ai está, sua chance de usar magia, de forma indireta, mas é, e bem, eles podem não ser mortos vivos, mas já da para você treinar não é mesmo? Afinal, necromanticos não costumam agir se não invocam o conjurador, então assim, considere-se uma Necromante sem conjurador embora seus zumbis sejam meio... Bodybuilders? -Encarou as "crias" de Sasami que iriam ficar com Leneth enquanto ela se focaria em outras coisas como já era de se esperar, bem, no final das contas era só ara não deixar a Coelha se sentir de fora da festa.

-Sem problemas Reed, vamos nos manter aqui em cima enquanto vocês buscam capturar Lucca, só tomem cuidado, Clemence está junto e ele tem poderes de besta fantasma, acho que isso provem daquela raposa que está com ele através do feitiço Chamado da Sombra usado por mestres em Magia Espiritual como ele bem deve ser, ou seja, enquanto transformado ele é bem perigoso então todo o cuidado é pouco, mesmo para você Dokugan [O mesmo que One-Eye só que em japones]. 

*Sasami enfim terminava a criação de seus filhos que iam se erguendo começando a descasas, eles gemiam em sons esquisitos e demoniacos que muito faziam lembrar aves. Conforme iam descascando eles iam expondo seu corpo escuro cheio de musculos que os definam muito bem e com a vida dada aos mesmos tais praticamente berravam sinalizando seu nascimento, talvez isso fosse escutado de fora*

-Sejam muito bem vindos, Lucille, sua vez, tente. -Comentou e depois voltou a atenção para Shibaki que lhe dizia algumas coisas e então sinalizou para as criaturas seguirem até Leneth, elas que ficavam a encarando com seus olhos saltados e assustadores a espera de seus comandos.

-Não se preocupe, eles não vão machuca-la, a não ser que você surte e tente nos trair, ai bem. -Eles eram bem grandes e era visivel no olhar intenso dos mesmos que tais estavam dispostos a fazer inumeras crueldades se assim fosse necessário, o olhar das bestas era como penetrasse na alma da garota.

Redence enfiou o nariz ali no corredor de volta pra verificar se tinha como abrir aquela porra.

1d20 + 7 + 3

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'20' : 9

O motoqueiro recuou de volta, grunhindo irritado e acabou ficando de braços cruzados. Anselm sorriu de canto antes de tornar o olhar para Dante.

- É uma passagem, não uma porta. - Se virou para a parede, firmando os pés no chão. - Veja.

O homem colocou as mãos na parede e empurrou-a. O esforço foi de alguns segundos, mas era possível sentir a pressão que o mesmo fazia ao ponto de acabar afundando os pés na própria pedra. Recuando os braços, Anselm suspirou, voltando-se para o albino.

- O mecanismo dela é complexa demais para se resumir a uma simples porta. - Indicou para as passagens que tinha ali. - Vê? Isso se assemelha a uma parede que se move mais do que uma porta. Ou seja... Todo o complexo é reforçado dessa forma. Seria até possível de retirar todo o bunker da terra, transportá-lo para outro lugar, e ele continuaria intacto. Entendeu?

Leneth acenou positivamente com a cabeça, e acabou inclinando a cabeça suavemente para o lado ao ouvir sobre ser mandada como também usar a magia. Sequer sabia como fazer aquilo! Acabou suspirando e se abraçou, acenando positivamente com a cabeça.

- Ok...

Lucille acenou positivamente com a cabeça e passou a se concentrar para tentar reproduzir a magia que ali foi feita.

*Shibaki permanecia olhando pelas janelas e percebendo a confusão que estava lá fora ele já sabia o que deveria ser feito, em primeiro lugar tinha que tirar seu pai dali, afinal, embora sendo um mago de capacidades extraordinárias ele não era pareo para os lideres e seus números*

-Mudança de planos, Lucille, Leneth, vocês vão sair daqui para um lugar seguro, Sasami vai leva-las de carro, vocês vão dar a volta, eu vou ficar, Sasami, transmute seus golens em você sabe oque. -Shibaki seguiu até a parede lateral da igreja e sacou sua metralhadora começando a atirar nela formando uma especie de porta desenhada a furos, depois bastou apenas chutar o objeto fragil o fazendo quebrar e então cair.

-Vão por aqui, andem!  Sasami, garanta a segurança delas também! -Shibaki então guardou sua arma e uniu as mãos com força como se estivesse começando a rezar, nisso seus sussurros faziam surgir uma energia densa e irregular que ficava sobre seu corpo.