Barracão Separado

Relembrando a primeira mensagem :

Um pouco distante de toda a comoção principal, até mesmo depois dos trailers dos "atores", tem um barracão cuja as cores se misturam com a noite.

No interior, as luzes são fracas e tem uma mesa redonda com diversas cadeiras distribuídas. A entrada é guardada por dois homens.

-ACESSO RESTRITO-

Notou, Kweg, o abraço de Hae-il e continuou chorando, agora mais forte, pois se sentia amado. Não sabia direito se isso era errado ou não, mas naquele momento retribuiu o abraço, até que ele o soltou.

Quando viu a bota preta se aproximando, fechou os olhos tentando aguentar o ataque que foi parado pela papisa o que lhe veio como uma espécie de surpresa. Reparou que ela chorava por ele e o curava na testa, a abraçou logo em seguida.

Foi nesse momento que sentiu os lábios serem tocados e ficou vermelho, mas rapidamente voltou a si mesmo conforme ela falava. Estendo a mão em sua direção para levantar.

- Não se preocupe, Mariabelle. - Disse ele limpando o ranho na manga da camisa. - Tudo dará certo no final, eu tenho fé em todos nós. - Fechou os olhos sorrindo quando foi surpreendido pelo árabe e recebeu seu manto.

Seus olhos começaram a brilhar conforme ele se enrolava no pano velho!

- Muito obrigado! Esse será um dos meus tesouros mais amados na vida. - Sorriu abrindo a boca o máximo que podia para Shariz, tentou estender a mão para ele para agradecer mas ele já estava indo embora.

Algo mais, naquele momento, chamou sua atenção. - Você ta falando sério Hae? Você me dará mais café de novo? Mesmo eu sendo uma falha? - Seus olhos brilhavam em felicidade, arrependimento e paz. Finalmente ele sentia um pouco dela, e eram esses os momentos que ele valorizava mais do que tudo. - Com bastante açúcar de verdade? - Virou o rosto na direção da papisa. - Hey Mariabelle eu vou poder experimentar o açúcar de novo. Esse é o segundo melhor di- hã? - Notou Bleidd falando com ele e quando finalmente sentiu o rosto queimar e arder como se pegasse fogo. Se contorcendo de dor ele segurava Hae e Mariabelle para impedir que eles tentassem alguma forma de vingança contra o líder da Gwin-Llys. - Está tudo bem, nem ta doendo. - O corte ardia tanto que ele queria se ferir em outra parte apenas para esquecer daquela dor, mas não deixaria isso a mostra deles.

- Er... onde fica a sede da Seikishidan número 6? Apenas o Victor tem essa informação, eu só vejo quando ele chama o Cisne... - Ouviu as palavras de Kaprasius e juntando as mãos ele implorava ao velho. - Por favor! Sò uma xícara eu prometo ficar calado, po--- Lembrou-se de com quem falava e abaixou a cabeça. - Tudo bem Kaprasius, eu não irei se você não me quiser lá. - Se apertava mais forte no manto que lhe foi entregue.


Viu Clemence, Luccar e Shibaki conversando entre eles e o sentimento de peso finalmente saiu de seus ombros. Conseguiram salvar ele rapidamente e isso era bom.

- Estou realmente feliz, por você estar bem Shibaki. - Disse ele andando em direção ao homem e se ajoelhando. Levou seus braços em torno do seu pescoço e o abraçou. - Me perdoe, por favor.

Lucca acenou positivamente para Shariz quando o mesmo disse que iria se retirar.

- Sim, já vou indo.

Depois voltou a atenção para Clemence e Shibaki, sem conseguir colocar sequer em palavras a alegria que sentia naquele momento e aceitou a mão que lhe foi oferecida, ao ser inquirida sobre seu bem estar físico, ficou suavemente corada e olhou para baixo.

- A-Ah não, eu estou bem! De verdade. - Ela sorriu calmamente. - Qualquer coisa podemos ir na frente para certificar que você não vai ser visto, apesar que...

Ela ficou em silêncio, tentando escutar barulhos do lado de fora, e ao notar a ausência do mesmo, deu um pequeno riso.

- Acho que o festival de hoje já acabou.

O momento foi interrompido quando Kweg se aproximou para aquele abraço e suspirou, contente. Então aquele era o tão falado Kweg...

- Que bonitinho. - Deu um risinho em seguida.

Limpei um pouco o joelho, pois havia sujado com o chão e então olhei para Papisa.

— Sei que pode parecer audácia de minha parte, no entanto, vossa Santidade poderia cuidar de Kweg por mim, pelo menos até amanhã? Não quero incomodar meu avô, mas gostaria muito de fazer um bolo para ele — e então abaixei meu olhar para Kweg. Comecei a andar até Kaprasius e me virei novamente para a Papisa.

— Deve saber onde moramos, por isto, esperarei uma visita da Senhorita também. Por favor, dê-me este prazer — e, com um sorriso sincero, me curvei, com a mão direita no local do coração, como um cavalheiro.

*Ao erguer Lucca e ve-la corar, Shibaki ainda ficava sem entender nada daquele tipo de emoção que ela sentia, afinal, para ele esse tipo de coisa se da mais para entes queridos e não para qualquer um, bem, vivendo e aprendendo*

Sentiu-se ser puxado para trás, realmente estava pronto para comer doces mas havia entendido que pela hora ele não era bem vindo.

- Tudo bem... mas o que é um bolo? - Indagou ele para Hae ao notar sendo puxado para longe dali pela papisa e agradecendo a runa especial que ela colocou nele. - Queria ter visto o Typhon hoje... mas parece que ele não está aqui, ou se está, ele não quis me ver. - Abaixou a cabeça meio triste com o fato de um dos seus amigos não querer estar com ele. Deu um tchau para todos eles.

- Iremos te visitar, Hae, Kaprasius... Espero que um dia vocês encontrem o que sempre procuram. - Disse ele sorrindo, com o pensamento de criança de que todas as respostas aparecem sem nascerem novas perguntas.

— Claro, minha Santidade. O Padre sempre será bem vindo — respondi Papisa e em seguida respondi Kweg — É algo que você vai adorar, tenho certeza — e com um sorriso abanou com a mão, em um gesto de adeus.

Depois disso, meu rosto inexpressivo voltou e me virei para Kaprasius.

— Me desculpe, senhor, por convidar tantas pessoas para casa assim, de repente. No entanto, não consegui me conter, hoje foi um dia estressante pra eles e quero que se sintam melhor — foi o que falei. Mas, o que eu e meu espírito heroico realmente queriam era amizade, uma amizade boa para uma aliança. Queríamos força e respostas para tudo o que iria vir.

- Erm, sabe, ainda estou aqui.

A voz veio do tablet que o estranho "Typhon" segurava, ele ainda estava de pé ali.

- Eu só estava esperando a situação se acalmar, sa'comé, não gosto de bagunça e barulho. Pra começar é um dos motivos que não gosto de reuniões com aqueles caras. Sempre dá ruim.

O desconhecido riu, parecia que a distorção de voz foi tirada agora, e a voz era claramente bem jovial e masculina.

- Há quanto tempo, Kweg. Eu queria te ver, de verdade, mas... Bem, tenho um pouco de receio pela minha vida com aqueles malucos por ai, e também, você sabe que não gosto de sair mostrando minha cara por ai.

Clemence se levantou também, acenando com a cabeça para Shibaki conforme o mesmo caminhava para ficar ao lado da papisa, dando um sorriso sem jeito.

- Eu iria me apresentar, mas a Vossa Santidade já fez isso. - Ele riu calmamente.

Depois disso, se limitou a ficar apenas observando.

Quanto ao número, Lucca tirou uma caneta da bolsa e rapidamente escreveu na mão do Shibaki o seu próprio número, dando um sorriso contente conforme guardava a caneta.

- Pronto! Agora quando se restabelecer pode me ligar se precisar. - Ela passou a mão na nuca, sorrindo sem jeito. - Eu até me ofereceria para te ajudar, mas, você é um idol e ainda por cima tem a sua mansão... Duvido que ajuda financeira seja o que precisa.

Com isso terminado, a garota iria falar com a criança quando ouviu a voz vinda do tablet de volta e se voltou para lá. Não conseguiu conter um sorriso.

- Obrigada... Você ajudou também para acalmar a situação, mesmo que fosse para impedir que Lupus e Minaka lutassem, obrigada. - Ela suspirou um tanto entristecida. - Gostaria que todos pudessem se dar bem.

Com o comentário do neto, Kaprasius sorriu e apertou de leve o ombro do mesmo.

- Tudo bem, foi de fato muito estressante. Ah, se precisarem de carona, eu posso ajudar com isso, estamos de carro afinal de contas.

*Shibaki mantinha-se sorrindo e quando sentiu Kweg ser afastado de si voltou o olhar para a Papisa que se apresentava para si, ele então fez uma reverencia a ela em sinal de respeito e depois procurou palavras para poder continuar falando*

O garoto saiu correndo pulando em cima do seu amigo e o abraçando no meio das falas da mulher. Era quase como se o mundo tivesse desaparecido.

- Hey Typhon... você ainda não gosta que eu te chame pelo nome em público não é mesmo? - Sorriu ele. - Eu entendo, eles realmente são bem esquentadinhos, mas você não pode levar isso em conta. Aliás o que é um bolo? Hae disse que é algo que eu gostarei... mas eu nunca vi isso. Aliás como vcê está? - Indagava ele ao seu amigo de mais longa data. 

Notou as palavras que ambos falavam. 

- Shibaki! - Chamou por ele. - Importa-se se eu for junto?