Igreja

ta morta ja nois

A estaca descia do teto da igreja e parava no chão, quase como mágica. Victorique se sentia atraída por ela.

MDT: ?

Assim que ela tocava a estaca a mesma começava a tomar uma forma um tanto parecida com humana. Lentamente palha começou a brotar e se transformar em ouro. A estaca que representava a humanidade perdida, para então a queda e começo de uma jornada em busca do poder. Aquele era o servo que a acompanharia, aquele era o seu momento.

A Igreja se encontraria vazia se não fosse pela presença do padre de cabelos brancos e um homem logo atrás do mesmo, de cabelos longos e violetas, seu olhar era sereno e calmo, de forma semelhante ao do padre.

- Amém...

Clemence fez o sinal da cruz e suspirou, olhando para a cruz.

-... Essa cidade irá enfrentar a tentação do próprio Diabo em suas maquinações diabólicas... Seus filhos estão perdidos, e nós, como seus juízes, precisamos agir para cuidar dos mesmos...

Agora o padre virou o corpo para o homem que estava ali presente, sua feição estava entristecida.

- Não podemos entender os desígnios da Vossa Santidade, mas não podemos virar o rosto para Seus filhos no momento de necessidade... Irmão Ismael, fico aliviado que tenha respondido ao meu chamado.

Ismael estava em silêncio até então, simplesmente observando o trecho o qual Clemence lia em voz alta em meio a sua prece. Sua expressão era cansada, mas ao mesmo tempo serena e tranquila.

Compreendia que seu amigo não iria chamá-lo se não fosse por extrema necessidade.

- Devemos agir para auxiliar nossas crianças, irmão Clemence... Fico contente que tenha me chamado por esse motivo.

O padre caminhou até parar de frente para Ismael, tentou sorrir, mas logo a expressão tristonha tomou o espaço destinado a sua esperança. O rapaz suspirou e olhou para a mão livre.

- Temos que ser a mão de Deus. A esquerda e a direita... Cuide das nossas ovelhas, irmão, pois lobos estão tentando guiá-las para longe da vigília do Pastor. Te passarei alguns nomes.

O homem acenou positivamente com a cabeça e apertou suavemente a mão do padre.

- Entendido.

Com poucas trocas de palavras, Clemence entregou uma carta lacrada para Ismael, e o mesmo foi embora com o embrulho.

O carro parou no estacionamento, com todo o cuidado e Kaprasius desceu do mesmo. O velho tinha uma expressão verdadeiramente séria, quase tensa demais. O mesmo caminhou até as portas da igreja, abrindoa-as. Ao adentrar já procurou pelo padre responsável.

Apenas seguia atrás de Kaprasius. Minha expressão era diferente da dele, mesmo querendo parecer sério, a única coisa que minha expressão entregava naquele momento era desdém.

O padre estava no altar, com as mãos juntas em reza quando ouviu as portas se abrindo. O mesmo tornou o corpo e chegou até sorrir ao ver Kaprasius.

- Bom dia meu amigo, a que devo--... - Todavia, ao notar a expressão que o mesmo tinha, ele sorriu im tanto tenso. - Ora, acredito que não esteja aqui para conversarmos sobre filosofia e teologia, uhm..?

O olhar do Padre repousou sobre Hae e ele fez um pequeno aceno com a cabeça.

- Prazer em conhecê-lo. Eu sou Padre Clemence.